O que é: Pecking Order Theory

O que é a Teoria da Ordem de Preferência (Pecking Order Theory)?

A Teoria da Ordem de Preferência, também conhecida como Pecking Order Theory, é um conceito desenvolvido no campo da economia e das finanças que busca explicar a forma como as empresas financiam suas atividades e projetos. Essa teoria sugere que as empresas têm uma hierarquia de preferências quando se trata de escolher as fontes de financiamento, e que essa hierarquia é baseada em fatores como custo, risco e assimetria de informação.

As fontes de financiamento de acordo com a Pecking Order Theory

De acordo com a Pecking Order Theory, as empresas têm uma ordem de preferência clara quando se trata de escolher as fontes de financiamento. A primeira opção é utilizar recursos internos, como lucros retidos e reservas de caixa. Essa opção é considerada a mais barata e menos arriscada, pois não envolve o pagamento de juros ou a necessidade de obter financiamento externo.

A segunda opção é recorrer ao endividamento, ou seja, tomar empréstimos junto a instituições financeiras ou emitir títulos de dívida. Essa opção é considerada menos preferível do que o uso de recursos internos, pois envolve o pagamento de juros e pode aumentar o risco financeiro da empresa. No entanto, em muitos casos, o endividamento é necessário para financiar projetos de grande porte ou para lidar com situações de emergência.

A terceira opção, e a menos preferível de acordo com a Pecking Order Theory, é a emissão de novas ações. Isso ocorre porque a emissão de ações dilui a participação dos acionistas existentes e pode sinalizar que a empresa está com dificuldades financeiras. Além disso, a emissão de ações pode ser mais cara do que o endividamento, devido a custos como taxas de corretagem e despesas legais.

Os princípios da Pecking Order Theory

A Pecking Order Theory é baseada em três princípios fundamentais. O primeiro princípio é o princípio da assimetria de informação, que sugere que as empresas têm mais informações sobre sua própria situação financeira do que os investidores externos. Isso significa que as empresas têm uma vantagem em relação aos investidores quando se trata de tomar decisões de financiamento.

O segundo princípio é o princípio do custo de agência, que sugere que as empresas preferem utilizar recursos internos em vez de recorrer a financiamento externo, a fim de evitar conflitos de interesse entre os acionistas e os credores. Isso ocorre porque os acionistas têm interesse em maximizar o valor das ações, enquanto os credores têm interesse em minimizar o risco de inadimplência.

O terceiro princípio é o princípio do custo de informação assimétrica, que sugere que as empresas preferem utilizar recursos internos em vez de emitir novas ações, devido aos custos associados à obtenção de informações e à divulgação de informações aos investidores. Esses custos incluem taxas de corretagem, despesas legais e a necessidade de divulgar informações financeiras detalhadas.

Críticas à Pecking Order Theory

Embora a Pecking Order Theory seja amplamente aceita e tenha sido amplamente estudada, também há críticas a essa teoria. Uma das principais críticas é a de que a hierarquia de preferências proposta pela teoria pode não ser aplicável a todas as empresas e setores. Além disso, alguns estudos sugerem que fatores como tamanho da empresa, idade da empresa e acesso a mercados de capitais podem influenciar as escolhas de financiamento das empresas.

Outra crítica é a de que a Pecking Order Theory não leva em consideração fatores como a estrutura de propriedade da empresa e as preferências dos acionistas. Por exemplo, algumas empresas podem preferir utilizar recursos internos em vez de recorrer a financiamento externo, a fim de evitar diluição da participação acionária ou para manter o controle da empresa.

Conclusão

Em resumo, a Pecking Order Theory é uma teoria que busca explicar a forma como as empresas financiam suas atividades e projetos. De acordo com essa teoria, as empresas têm uma hierarquia de preferências quando se trata de escolher as fontes de financiamento, e essa hierarquia é baseada em fatores como custo, risco e assimetria de informação. Embora a teoria seja amplamente aceita, também há críticas a ela, sugerindo que a hierarquia de preferências proposta pode não ser aplicável a todas as empresas e setores.