O que é Orthogonal Array Testing?
Orthogonal Array Testing (OAT) é uma técnica de teste de software que visa maximizar a eficiência e a cobertura dos testes, minimizando o número de casos de teste necessários. Essa abordagem é baseada no princípio de que muitos defeitos podem ser identificados testando-se combinações específicas de parâmetros de entrada. O OAT utiliza matrizes ortogonais para selecionar um subconjunto representativo de combinações de parâmetros que cobrem efetivamente todas as possíveis interações entre eles. Essa técnica é particularmente útil quando há muitos parâmetros de entrada e o número total de combinações possíveis é muito grande para serem testadas individualmente.
Como funciona o Orthogonal Array Testing?
O OAT funciona selecionando uma matriz ortogonal apropriada para o sistema em teste. Essa matriz é uma tabela que contém todas as combinações possíveis de valores para cada parâmetro de entrada. Cada linha da matriz representa uma combinação específica de valores para os parâmetros. O número de colunas da matriz é igual ao número de parâmetros de entrada. A matriz é projetada de forma que cada valor possível de cada parâmetro apareça uma vez em cada coluna. Isso garante que todas as possíveis interações entre os parâmetros sejam cobertas.
Benefícios do Orthogonal Array Testing
O OAT oferece vários benefícios em relação a outras técnicas de teste. Primeiro, ele permite uma cobertura mais eficiente dos casos de teste, reduzindo o número total de testes necessários. Isso economiza tempo e recursos, especialmente quando há muitos parâmetros de entrada. Além disso, o OAT ajuda a identificar combinações de parâmetros que podem causar defeitos, permitindo que os testadores se concentrem nesses cenários críticos. Isso aumenta a eficácia do teste e melhora a qualidade do software. Por fim, o OAT é uma técnica sistemática e baseada em dados, o que significa que é mais confiável e repetível do que abordagens baseadas em intuição ou experiência.
Quando usar o Orthogonal Array Testing?
O OAT é especialmente útil em situações em que há muitos parâmetros de entrada e o número total de combinações possíveis é muito grande para serem testadas individualmente. Isso ocorre com frequência em sistemas complexos, como software de controle industrial, sistemas de gerenciamento de banco de dados e aplicativos de telecomunicações. O OAT também é útil quando o tempo e os recursos são limitados, pois permite uma cobertura mais eficiente dos casos de teste. Além disso, o OAT pode ser usado em conjunto com outras técnicas de teste, como testes de unidade e testes de integração, para fornecer uma cobertura mais abrangente.
Passos para implementar o Orthogonal Array Testing
A implementação do OAT envolve os seguintes passos:
1. Identificar os parâmetros de entrada relevantes: determine quais parâmetros de entrada são críticos para o sistema em teste e devem ser incluídos no teste.
2. Determinar os valores possíveis para cada parâmetro: identifique todos os valores possíveis para cada parâmetro de entrada. Esses valores podem ser discretos, como “sim” ou “não”, ou contínuos, como números ou faixas de valores.
3. Selecionar uma matriz ortogonal adequada: escolha uma matriz ortogonal que seja apropriada para o número de parâmetros e valores possíveis. Existem várias tabelas ortogonais disponíveis, como a matriz de Taguchi e a matriz de Hadamard.
4. Preencher a matriz com os valores dos parâmetros: preencha a matriz com os valores dos parâmetros de entrada, garantindo que cada valor possível de cada parâmetro apareça uma vez em cada coluna.
5. Gerar casos de teste a partir da matriz: para cada linha da matriz, crie um caso de teste correspondente, usando os valores dos parâmetros naquela linha.
6. Executar os casos de teste: execute os casos de teste gerados e registre os resultados.
7. Analisar os resultados: analise os resultados dos testes para identificar quaisquer defeitos ou problemas de desempenho.
Exemplo de Orthogonal Array Testing
Para ilustrar como o OAT funciona na prática, vamos considerar um exemplo de um sistema de reserva de passagens aéreas. Suponha que o sistema tenha três parâmetros de entrada: origem, destino e classe de voo. Cada parâmetro tem três valores possíveis: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília para origem e destino, e econômica, executiva e primeira classe para a classe de voo. Usando uma matriz ortogonal adequada, podemos selecionar um subconjunto representativo de combinações de parâmetros para testar. Por exemplo, a matriz pode ter as seguintes linhas: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília; econômica, executiva, primeira classe. Isso nos dá nove combinações de parâmetros para testar, em vez de 27 combinações possíveis. Isso economiza tempo e recursos, ao mesmo tempo em que garante uma cobertura adequada dos casos de teste.
Considerações finais
O Orthogonal Array Testing é uma técnica poderosa para maximizar a eficiência e a cobertura dos testes de software. Ao selecionar um subconjunto representativo de combinações de parâmetros, o OAT permite uma cobertura mais eficiente dos casos de teste, economizando tempo e recursos. Além disso, o OAT ajuda a identificar combinações de parâmetros que podem causar defeitos, melhorando a qualidade do software. No entanto, é importante lembrar que o OAT não substitui outras técnicas de teste, como testes de unidade e testes de integração. Em vez disso, o OAT deve ser usado em conjunto com essas técnicas para fornecer uma cobertura mais abrangente. Com sua abordagem sistemática e baseada em dados, o OAT é uma ferramenta valiosa no arsenal de qualquer testador de software.